CREMATORY
"Infinity"2010
Quem é que nunca ouviu uma música dos Crematory? E dos que já ouviram pelo menos uma, quem é que por mero acaso ouviu de colunas alheias uma música com aquele timbre de voz único e reconhecível em qualquer parte do mundo? Pois é, um grande carimbo desta mítica banda alemã é a voz do Felix, que se para muitos enerva para outros é cavernosamente misteriosa.
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Dezassete anos passaram desde o pioneiro “Transmigration”; anunciaram terminar a carreira mas voltaram para dar mais música; e o que é que esta banda que agora pratica um som que mistura elementos do Gothic e do Industrial numa mixórdia metálica tem para nos oferecer com “Infinity”?
Para uns fãs, este álbum pode ser mais um “sonho molhado” desde o “Act Seven” ou do “Believe”. Para outros fãs é mais uma perdição desde o fabuloso “Illusions”, de 1995. E para os mais novos e os que desconhecem, estes podem encontrar uma boa oportunidade para conhecer a faceta moderna do Crematory e, quiçá, descobrir o seu passado – porque verdade seja dita, esta banda foi pioneira com a sua sonoridade, e nos anos 90 ouvi-los era realmente refrescante.
Neste trabalho os Crematory retomam a sua fórmula mais actualizada: voz cavernosa de Felix, voz limpa, melódica e gothic de Matthias, riffs pesadões e balanceados óptimos para headbanging, teclados ora melódicos, ora apelativos para a dança, e uma linha de bateria com power. Resultado? O mesmo de sempre. Por isso, os Crematory fizeram um bom trabalho. Foram iguais a si mesmos e não dispersaram a sua fórmula – a sua identidade.
O álbum abre logo com uma música poderosa, “Infinity”, para logo depois chegar talvez a melhor malha deste trabalho – “Sense Of Time”. Uma música nice mas que parece ser um manifesto do estigma desta banda – a tentativa de recriar o hit do “Illusions”, a “Tears Of Time”.
Nas restantes música podem contar com a identidade dos Crematory – não falha nada! Mas, devo destacar a curiosa cover da música “Black Celebration”, original dos Depeche Mode.
POST-SCRIPTUM:
Mais um. Não tenho mais nada a acrescentar ao que foi dito. Produção muito boa! Músicas que não desagradam nem causam náuseas.
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