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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA - Morbid Death

Os Morbid Death, banda de Thrash Metal dos Açores, está aí com um recente EP, "Metamorphic Reaction, lançado em meados de Dezembro de 2010. O Metrónomo foi convidado a ouvi-lo, e aproveitamos para conversar com o Ricardo Santos, vocalista e baixista da banda.



São uma banda de Metal pioneira nos Açores. Foi difícil erguer os Morbid Death, ou nem por isso, desde que haja vontade? Fala-nos um pouco do vosso percurso até aos dias de hoje.
Não poderemos considerar que tenha sido difícil. Claro que, ao longo destes 20 anos de carreira aparececeram alguns contratempos, mas todos eles foram postos para trás, com a vontade que tínhamos e temos em fazer música de que mais gostámos - Metal!

Resumir duas décadas é um bocado difícil ficando muita coisa por dizer! Iniciámos este projecto em 1990. Participámos num concurso de música moderna e obtivemos um 3ºlugar de entre 21 projectos, em 1991. A partir daí, foi um não mais parar porque sentíamos que a nossa música tinha chegado a muitos, inclusive aos mais cépticos.
Ao longo dos anos, o line-up da banda foi-se alterando devido aos motivos pessoais de cada um. Já demos inúmeros concertos, dos quais se destacam as primeiras partes de Moonspell (três vezes, pelo menos!), Paradise Lost, XII SWR, Festival Maré de Agosto, 4 mini-digressões ao continente, etc, etc. Poderá não ser muito, mas dada a nossa realidade (insularidade), penso que temos feito o que nos é possível.

O que representa este EP para vocês, já que foi um lançamento por conta própria? Estão sem editora, ou decidiram lança-lo independentemente?
Este EP representa um 'virar de página', o 'quebrar com o passado'! Não é que estivéssemos insatisfeitos com tudo o que foi feito até então, até porque orgulhámo-nos muito dele mas sentimos que havia a necessidade de mostrar e por cá para fora a agressividade musical que há muito estava 'desaparecida'. Isto, aliado à entrada do novo baterista, tornou-se muito fácil. Tínhamos uns quantos riffs de guitarra 'arrumados' e tinha chegado à altura de serem utilizados. Estámos musicalmente mais satisfeitos! Quanto à edição, foi de autor porque sabemos que o mundo da música é muito complexo e não queríamos perder tempo em lançá-lo. A música serve para senti-la!

www.myspace.com/morbiddeathband
Quanto às músicas do vosso “Metamorphic Reaction”, as minhas audições dizem-me que há uma divisão no EP, e que a segunda parte tem uns toques mais melódicos. É verdade e propositada esta divisão, ou simplesmente é um mero acaso e uma falácia dos
meus ouvidos? (risos)
Quando terminámos todo o processo de gravação, mistura e masterização, apareceu-nos este dilema. Tal como um puzzle, tivemos que colocar as 'peças' nos sítios certos. De realçar que considerámos as opiniões muito válidas dos produtores Zé Miranda e Carlos Rijo. Após várias audições, chegámos à conclusão de que o seguimento dos temas como está, teria mais lógica. Está com 'cabeça, tronco e membros'!!! (risos) 

Olhando para a vossa discografia, duas demos, três álbuns, um DVD e agora o EP, podemos esperar em breve um sucessor do “Unlocked”, de 2004?
Neste momento, estamos a trabalhar em novos temas. A motivação da banda está em alta, devido às críticas muito positivas que 'Metamorphic Reaction' tem recebido. Assim, todo o trabalho torna-se mais fácil. Vamos dar tempo, ao tempo.

E quanto a concertos? Em 2011 poderemos ver-vos nos palcos? O Vagos Open Air ainda tem de confirmar mais bandas, seria uma boa escolha para o cartaz. Que acham?
Para concertos 'fora de portas', entenda-se - fora de S.Miguel, a situação nunca será fácil porque existem alguns aspectos que podem ditar as 'regras'. Já fomos convidados este ano para actuarmos aí, no continente mas a parte financeira fala sempre mais alto. Além disto, temos por vezes situações em que não é possível, devido a ausência de algum elemento. Mas nunca se sabe...

1 comentário:

Helena disse...

Uma soberba entrevista, Parabéns Victor e Morbid Death.