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Tobias Sammet poderá ser considerado um músico cheio de sorte. Isto porque ainda jovem conseguiu reunir alguns dos seu ídolos para trabalhar no seu projecto Avantasia. A sua jornada que iniciou em 2000 com “The Metal Opera – Part I” tem sido notável, embora alguns apreciadores terem sentido uma quebra com o lançamento de 2008, “The Scarecrow”. Talvez por ter ambientes diferentes dos anteriores “The Metal Opera”. Em Abril de 2010 o músico traz não um trabalho mas antes dois lançamentos simultâneos.
“The Wicked Symphony” e “Angel Of Babylon” são uma continuação, segundo Tobias Sammet, da história inicialmente narrada no “The Scarecrow”. Mas será que encontramos a mesma veia de inspiração nestas continuações?
“The Wicked Symphony” abre com a música que dá nome ao álbum. Um tema épico, embora a passagem inicial, bastante ambiental e sinfónica, para o feeling rock seja um fracasso. Tobias Sammet tem capacidade para fazer melhor. Contudo, “The Wicked Symphony” arrisca-se a ser o melhor tema deste álbum. Uma verdadeira obra teatral com nomes como Jørn Lande e Russell Allen a acompanhar a voz de Tobias Sammet.
Depois do toque Hard Rock, os amantes do Power Metal podem respirar de alívio porque o tema “Wastelands” recupera o toque Heavy Metal que tanto caracterizou o trabalho inicial de Avantasia.
Podemos encontrar outros nomes como Tim “Ripper” Owens na “Scales Of Justice”, ou mesmo o Sr do Hard Rock alemão, Klaus Meine (vocalista dos Scorpions), na “Dying For An Angel”. André Matos acompanha Tobias Sammet na “Blizzard On A Broken Mirror”, tema muito interessante com bastante melodia e balanço, e que nem é tão Hard Rock nem tão Power Metal.
“The Wicked Symphony” acaba por ter esta harmonia entre o Hard Rock e o Power Metal, e por isso podemos encontrar um trabalho com um sentido harmonioso. Claro, os artistas convidados (tanto músicos como cantores) dão um toque especial, até que foram escolhidos a dedo para participarem em temas específicos.
E também podemos encontrar o lado mais soft (e também tipicamente Hard Rock) em “Runaway Train”, com a fabulosa voz de Bob Catley. Outra característica interessante é o facto do Tobias Sammet utilizar tanto as características tradicionais do Heavy Metal e Hard Rock (entenda-se feeling dos 80’s), como as características do metal moderno, como guitarras mais carregadas (ouvindo a “Black Wings” inicialmente, faz-nos pensar que vai surgir a voz dos Rammstein) em alguns momentos, ou o uso de teclados à lá Metal vindo da Finlândia.
Focando a atenção no seu irmão gémeo “Angel Of Babylon”, este abre com “Stargazers”. O mesmo que acontece no “The Wicked Symphony” acontece também nesta abertura – provavelmente o melhor tema do álbum. Jørn Lande, Michael Kiske e Russell Allen acompanham Tobias Sammeth num bom tema Power Metal.
O pedal duplo continua no tema “Angel Of Babylon” – música orelhuda; damos por nós a trautear no refrão.
Mas “Angel Of Babylon” tem igualmente os seus momentos Hard Rock como na “Your Love Is Evil”, na qual o Tobias Sammet mostra verdadeiramente os seus dotes de vocalista.
Jon Oliva tem também destaque neste trabalho e foi, realmente, escolhido a dedo. Não podia ter sido outro artista para aquela voz – “Death Is Just A Feeling” é trágica e teatral. Tobias Sammet está de parabéns.
Em “Angel Of Babylon” transpira-se muito Hard Rock, contudo há uma reserva para o sinfónico em “Symphony Of Life”, cujas vozes são da responsabilidade da até então desconhecida (no mundo do Metal) Cloudy Yang… e está igualmente de parabéns porque interpreta um tema muito bem conseguido e simples (sem a saturação dos épicos sinfónicos à Hollywood que algumas bandas de Power Metal se inspiram).
POST-SCRIPTUM:
O rapaz Tobias Sammet tem conseguido realizar os seus sonhos. E desta vez apresenta-nos um sonho duplo muito mais interessante que o seu anterior. E se em 2008 tinha um adversário chamado Ayreon, este ano ele está isolado em primeiro lugar na primeira liga do género.
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