Na passada edição do COVER POWER foram os Type O Negative que se desmarcaram dos Black Sabbath, pela sua diferença e genialidade. Apesar de ambas serem bandas icónicas, é inegável que a música tocada pelos Type O Negative distancia-se tanto da original que até parece um tema saído das entranhas da banda. E de facto, no fundo acaba por ser um tema deles.
Nesta edição trago-vos igualmente duas bandas exemplares no que fazem. De um lado os Dead Can Dance, e do outro os Paradise Lost.
Nada semelhante foi feito com a mesma espiritualidade que os Dead Can Dance evocaram nos seus trabalhos. As bandas que seguiram os mesmos passos têm histórias diferentes, apareceram em tempos diferentes, e mesmo algumas delas tendo conseguido alcançar um estatuto impressionante, não conseguem exalar a mesma carga mística que os Dead Can Dance transbordam. Nascidos em Melbourne, 1981, o colectivo que contou com os inconfundíveis Brendan Perry e Lisa Gerrard (fora os outros que ajudaram a erguer a banda), terminou em 1998 (havendo entretanto algumas actividades e uma reunião) deixando um legado impressionante. Vou destacar o trabalho de 1988, “Within The Realm Of A Dying Sun”, o terceiro álbum da banda. Bastante ambiental e etéreo, que faz evocar paisagens distantes, cinzentas como se fosse uma memória que sempre esteve na nossa mente mas que não sabíamos. “Xavier” é o tema que escolho para esta edição do COVER POWER!
Os Paradise Lost são uns dos pioneiros do Gothic/Doom Metal. Bem recebidos por uns, e por outros nem por isso, o facto é que a banda trouxe à cena do Metal uma espiritualidade inovadora e que se tornou numa poderosa estética musical. A banda sofreu várias metamorfoses, ao ponto de nada terem que ver estilisticamente com o seu inicio de carreira. “Draconian Times”, de 1995, é talvez a primeira ruptura significativa, onde a banda começa a dar outro brilho aos seus temas. Um grande álbum. Com o “Host”, de 1999, surgem com uma veia à lá Depeche Mode. Mas em 2002, com o “Symbol Of Life”, a banda reúne nas suas músicas elementos únicos que tornaram esse álbum o melhor lançamento da banda (para uns depois do “Draconian Times”, para outros o melhor da banda). Neste álbum poderemos encontrar como tema bónus a cover da música “Xavier”, dos Dead Can Dance.
6 comentários:
Desta vez, gosto mais da versão original.
Mas a cover é muito interessante!
Realmente, consigo sentir o "odor" a Dépêche Mode nos Paradise Lost. É um aroma muito ténue... e de uma outra grande banda. :)
desta vez vou ser parcial... :/
é que gosto de D.C.D., mas Paradise tem um cantinho especial :)
A escolha não é nada difícil para mim.Paradise Lost! Apesar de adorar Dead Can Dance, os Paradise Lost estão na minha alma. Bons tempos... Bons Momentos...
Parabéns a quem faz o artwork da Cover Power, é sublime.
Parece que nesta edição as escolhas são decisivas!!
O artwork está muito bom.
Parabéns Lviz! E Obrigado!
:$ thanks :P hehe
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