Olá Joana. Antes de mais, deixa-me agradecer pelo interesse demonstrado nos Darkside of Innocence. Não posso dizer que, conscientemente, essa tenha sempre sido a nossa pretensão pois isso foi algo que foi crescendo em mim desde os dias da criação de Darkside of Innocence e à medida que ia evoluindo enquanto ser humano. Acabou sim, ultimamente, por ser o conceito escolhido para cobrir os Darkside of Innocence. Sophia na sua etimologia significa conhecimento e a sua mensagem é bastante simples; baseada nessa mesma noção e na tua inteligência, saber os teus limites enquanto indivíduo de forma a que possas respeitar o próximo.
Tendo em conta que pretendem divulgar uma mensagem que muitos não conhecem, trabalhar nas letras torna-se mais exigente?
Para mim, uma letra é sempre algo muito importante e com certeza que se queres transmitir uma mensagem desta envergadura, a forma como a vais transmitir tem de ser muito calculada para que as pessoas não caiam no erro de assumir opiniões que em pouco ou nada têm a ver com o que se pretende passar. Eu sou, contudo, apologista do que é abstracto e de dar liberdade às pessoas para que elas imaginem o seu próprio universo e sonhem consoante aquilo que eu sinto, trabalhando desta maneira, o texto alegórica e poeticamente.
O lançamento do álbum de estreia, Infernum Liberus EST, foi o fim de uma fase para vocês?
Sem dúvida alguma o fim de um capítulo bastante positivo na história dos Darkside of Innocence, que nos marcou e fez evoluir muito enquanto artistas.
Este primeiro trabalho conseguiu bastantes críticas positivas um pouco por todo o mundo virtual. Há alguma faixa que destaques de todo o conjunto?
Realmente foi uma surpresa bastante agradável ler essas reacções, sem descurar é claro a enorme expectativa que já tinha perante o registo. Posso apenas destacar a faixa Angel of Sin e In Nomine Dementia, que acabaram por ser os temas que maior feedback receberam por parte do público.
Com este trabalho, os Darkside ficaram conotados com o estilo Symphonic Black Metal. Concordas com esta conotação?
Compreendo que estejamos associados a esse sub-género pela sonoridade que empreendemos em “Infernum Liberus EST” e por aquilo que procurávamos trazer para a banda. Creio no entanto que resumir os Darkside of Innocence ao Symphonic Black Metal acaba por ser redutor da música que tocamos e se eu já achava injusta essa conotação pela diversidade de elementos que incluímos no álbum, acho que o próximo registo demonstrará de vez e no fundo o que quero dizer. Daí termos ascendido a um novo género musical ao qual nos associamos hoje em dia chamado “Gnostic Metal”!
Agora, estão a trabalhar no álbum que se segue e já avançaram o nome. Porquê Sephiroth Complex?
Esse realmente era o nome avançado para o novo longa duração dos Darkside of Innocence e aquele que encontrara para melhor explicar em que estaria envolto o nosso próximo lançamento. Contudo decidimos repensar esse nome devido a algumas situações, o que faz com que esse ainda não seja o nome definitivo. Não obstante essa situação, o nome revelaria o que o álbum será; uma profunda introspecção ao ser humano na sua verdadeira essência e ideal. Sephiroth, segundo a cabala, é neste caso a árvore da vida e representaria o ser humano na sua demanda pela noção de eternidade. “Sephiroth Complex” explicaria a estrutura complexa que esse ser humano é e a batalha interior entre o ID e o Superego com que ele se depara, até chegar a Arcádia – ou neste caso o paraíso prometido. A tal noção de eternidade que mencionei a cima.
Este novo álbum irá seguir a mesma linha do primeiro em termos de sonoridade?
Em quase nada terá a ver com esse álbum e poucos serão os elementos de “Infernum Liberus EST” presentes no próximo álbum. Acho que é uma questão de ouvir o que temos para mostrar brevemente.
Diz aí uma grande razão para os leitores do nosso blogue se darem ao trabalho de ouvir Darkside of Innocence.
Não creio que haja uma grande razão para ouvirem Darkside of Innocence. É claro que convido as pessoas para conhecerem a música que fazemos e se gostarem, é sempre muito motivador para nós!
Obrigado Pedro pela disponibilidade, e boa sorte com a banda! \m/
Muito obrigado eu, pela excelente entrevista! Sem dúvida alguma bem estruturada e muito interessante! Parabéns pelo blog.
Que Sophia esteja convosco,
Darkside of Innocence – Sophia’s Heirs.
3 comentários:
Excelente entrevista :D
Já agora, parabéns ao blogue e à banda pelo sucesso que têm alcançado!
boa entrevista, sim senhora :)
Obrigada, Ricardo e Luís (:
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