Olá Löbo. Muito obrigado por disponibilizarem o vosso tempo para responder à nossa entrevista. Depois de muito suor, finalmente têm cá fora o vosso EP de estreia, o Älma. Como está a correr a promoção?
Neste momento estamos concentrados no próximos passos a dar mas, falando da promoção do Älma, acho que correu bastante bem. Foi um pouco atipica pois grande parte da mesma foi feita através da Internet numa altura que o EP ainda nem tinha saido. O que, apesar de tudo acabou por ser positivo pois permitiu criar um certo fenonemo (à nossa escala obviamente). Conseguimos tambem marcar bastantes datas nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março tendo promovido e dado concertos em praticamente todo o país. Acho que não poderiamos ter esperado melhor introdução aos Löbo e para o que vem aí.
Porque vos ocorreu organizar uma banda Metal meramente instrumental?
Não foi necessáriamente pensado. Os membros fundadores da banda (eu, o Luís e o João) já tinhamos tocado juntos e na altura curiosamente eu (NR: Ricardo) era o vocalista. Mas quis meter a voz de lado e focar me na electronica e, à falta de um vocalista (e no inicio também de baixista), decidimos começar a compor e a fazer música. Apesar ter sido acidental acho que tornou-se uma caracteristica da banda e permitiu-nos ter certas liberdades que não teriamos doutra forma.
Mesmo praticando um som instrumental, é de notar que as palavras estão bem presentes na vossa estreia. O EP tem pequenos textos que acompanham cada música. Sentiram-se na obrigação de os escrever, já que só tinham o som dos instrumentos, ou os textos são parte integrante das vossas composições, como se o EP oferecesse essas duas dimensões artísticas para a apreciação do todo?
Acho que é sem duvida possivel apreciar o EP apenas pela música mas sentimos necessidade de ter uma voz. Não de um vocalista necessáriamente, mas algo que contextualize a música. Quase como um narrador. Penso que muitas bandas instrumentais, por mais que profunda seja a sua música e por mais brilhantemente consigam criar ambientes e cenários com a sua musica, nao conseguem contar uma história. Todos nós nos Löbo gostamos de ver os CD’s como conceitos e como peças num todo que contam uma historia. É aqui que entram os textos.
Sentem uma boa comunicação com o público, tendo em conta que a vossa arte é música instrumental? Como é que o público tem recebido a vossa música?
Acho que temos sido, sem dúvida, extremamente bem tratados pelas pessoas que ouvem a nossa música. Aliás, às vezes ficamos um pouco sem reacção. As criticas tem sido melhores do que albuma vez imaginamos e a nossa musica parece realmente dizer algo às pessoas. Para nós é o é o melhor elogio que podiamos ter. No palco a comunicação é praticamente nula mas foi uma decisão nossa. A performance e a musica em primeiro lugar e nós em segundo. Mas fora dela, apesar de os quatro não sermos das pessoas mais sociaveis, tentamos ser o mais comunicativos possivel.
E vocês como se sentem em palco a tocarem um som tão poderoso como o vosso?
À medida que as musica vão sendo tocadas vezes sem conta, seja nos ensaios ou em concertos, vão perdendo um pouco a sua carga emocional, dai o desejo constante de criar algo novo ou, algo que achamos raro e fazemos-o bastante nos Löbo, mexer na musica e arranjar novas maneiras de a tocar. Más é sem dúvida uma experiencia forte. Sem querer usar o termo espiritual, penso que todos nós, durante aqueles 40 minutos fazemos parte de algo superior ao que vivemos no dia-a-dia.
Porquê Löbo? Podem explicar o que está por detrás da escolha do nome da banda?
Não há grande explicação. O nome veio de uma altura em que eu, o Luís e o João andavamos a trocar musicas para tocar e lembrei um dia de dar ao nome do ficheiro de “Lobo” e o João na altura que estavamos a discutir nomes lembrou-se disso e sugeriu o nome. O trema é meramente estético. Acho que é daqueles casos em que a banda define o nome e não o nome que define a banda.
Para terminar, o que podemos esperar dos Löbo no futuro?
Queremos fazer mais um lançamento este ano e para o final do ano ou para o inicio de 2011 lançar o 1º album. Para além disso fazer estrada, muita. Com sorte queremos ainda em 2010 tocar lá fora.
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