O "Inert" está aí à disposição para os curiosos e amantes de Ambient/Classic/Gothic. Entretanto, o Metrónomo esteve à conversa com o mentor do projecto THE DEAD OF NIGHT, Shadow. Numa entrevista via e-mail, Shadow teve a simpatia de responder a algumas curiosidades.
O vosso primeiro lançamento, “Inert”, está aí pela Invisible Eye Productions. Como chegaram até aqui? Foi difícil?
O percurso não terá sido muito diferente do de qualquer outra banda, se exceptuarmos o facto de não haver ensaios, mesmo após a entrada da Morgana. Mas fica sempre a sensação de que demorou tudo imenso tempo... O processo de composição já leva o seu tempo, mas todas as outras questões promocionais e relacionadas com a editora acarretam tempos de espera. A ideia original era, de facto, ter um lançamento editado, pelo que um período de sensivelmente três anos não me parece excessivo. Deu para crescer bastante a nível de composição, arranjos e produção.
O que sugerem com um nome como The Dead Of Night?
Na génese do projecto, a ideia era apenas fazer música na vertente mais negra do Ambient, por isso achei que o nome se adequava. E acaba por ser de noite que me sinto sempre melhor, como se estivesse "em casa". Sei que é um lugar-comum daqueles mesmo óbvios, mas é verdade. E o nome continua a representar bem o espírito da banda, mesmo nos momentos mais épicos da música que fazemos.
Fala-nos um pouco do que está por detrás do “Inert”. Como conceberam os conteúdos conceptuais?
Fala-nos um pouco do que está por detrás do “Inert”. Como conceberam os conteúdos conceptuais?
www.thedeadofnight.net |
Não posso dizer que exista um verdadeiro conceito subjacente ao "Inert", será antes um sentimento de dormência, de uma paragem no movimento natural das coisas. As músicas têm ambientes e sonoridades diferentes, mas a ideia geral era procurar qualquer coisa de belo, majestoso e, sobretudo, intemporal, como que imobilizado. Daí o título e a capa, que para mim também representa um movimento vagaroso, que isola cada instante e o prolonga indefinidamente.
A vossa sonoridade é bastante ambiental e com alguns toques clássicos. Nunca pensaram em inserir pitadas de Metal?
Tenho uma ligação ao Metal e é claro que está sempre presente, enquanto influência. Mas a minha ideia com TDON era mesmo deixar de fora os instrumentos tradicionais do Metal. Gosto muito da combinação dos dois elementos, sou fã de uma série de bandas que o fazem, mas eu queria experimentar só a vertente ambiental, até para ver se era capaz. E, neste momento, continuo a achar que não seria boa ideia acrescentar toques de Metal, mas nunca se sabe...
Como sugeri na review, as vossas influências são quase óbvias. Para além delas que tipo de inspiração vão buscar para comporem o vosso material? Porque, na minha óptica, não basta haverem influências porque todos os artistas têm-nas.
Para além das influências mais óbvias, que aceitamos de muito bom grado, destacaria, a nível musical, o Metal (Black, Heavy e Doom, sobretudo), algum psicadelismo e música experimental. De resto, a inspiração para o que componho vem principalmente de memórias difusas de infância. Também dou grande importância aos sonhos, acabo por extrair deles muito do que faço a nível musical.
Suponho que sejam ambiciosos com o vosso futuro. Já têm alguns horizontes definidos?
Neste momento, queria compor, gravar e editar mais um lançamento, que superasse em todos os aspectos o "Inert". E é nisso que me vou concentrar ainda em 2011 e no início do próximo ano.
Leiam também o review do "Inert" aqui.
Leiam também o review do "Inert" aqui.
1 comentário:
Ainda vou numa primeira audição mas vou, sem dúvida, repetir.
Bons ambientes e vastos cenários a explorar em bonitas (e negras) composições...
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