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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Agalloch - “Marrow Of The Spirit” (Nov. 2010)

Antes de mais, como podemos descrever um dos melhores álbuns que já ouvimos? Não apenas desta banda, mas um dos melhores álbuns de sempre? Sem querer desvalorizar trabalhos antigos de Agalloch (que eu adoro) este “Marrow Of The Spirit” ultrapassou as minhas (já altas) expectativas e é para mim o mais forte candidato a álbum do ano. Dito isto, não esperem imparcialidade e perdoem se me alongar... podem sempre saltar para o Post-Scriptum. =)
  
Agalloch é (sem dúvida) uma daquelas bandas que considero como totalmente indispensável. Nos ambientes musicais criados ao longo dos anos por estes senhores podemos encontrar desde o mais cru do Black ao mais sentido Doom, mas também vastas paisagens sonoras dentro de um estilo mais Atmospheric e ainda o seu tão caracteristico (neo-)Folk, tudo isto mesclado num decorrer progressivo e experimental, sempre detentores de belas melodias muito características e tão únicas, como poucas bandas conseguem.
Claro que quem conhece sabe que Agalloch é muito mais do que apenas meia-dúzia de tags, mas isso é algo que ficará para fica para mais tarde, num outro post sob forma biográfica.

Apenas com 3 full-lenghts (e meia dúzia de demos e EPs) em 15 anos de carreira, cada um dos registos é uma incontornável obra-prima de culto, qual livro de estórias do fantástico, de folclore e do misticismo, imersas em etéreos cenários à lá "bosque-desolador-e-no-entanto-belo,-coberto-de-neve-e-banhado-de-um-nevoeiro-estranhamente-cativante"... 
Ora bem, pois então CONTEMPLAI! que o 4º albúm de Agalloch é lançado hoje, 23 deste Novembro. O trabalho intitulado de 'Marrow Of The Spirit' contará 6 faixas, que elevam ainda mais o patamar de qualidade a que estes americanos nos têm habituado.  

  <-- (ouvir "Into The Painted Grey")

Aqui temos um pouco de tudo, desde sonoridades completamente novas aos ambientes já familiares (sem que porém nos soem a repetitivo), à fusão das duas situações, em que nos deparamos a ouvir uma música em que ao mesmo tempo dá a sensação de novidade completa mas cativando o ouvinte como se já tivesse a ser ouvida p’la vigésima vez, passando da mais calma, etérea e relaxante melodia para uma “violenta” descarga da fúria unificada de todos os sons da Natureza, simultaneamente nos nossos ouvidos, sem que porém se perca a magia da sua anterior calmaria e beleza. Imaginem-se, de olhos fechados, a ouvir uma sinfonia numa qualquer floresta encantada (não de contos de fada, denote-se) em que tudo está em estranha harmonia, de tal forma que conseguem sentir o que vos envolve: o som da bruma a avançar lentamente por cima de um manto branco, o som de madeira a arder numa fogueira abandonada, o som de um sôfrego animal a devorar a sua presa violentamente, com a melodia da noite a cair suavemente, em que se sentem todos os cheiros inerentes a esse cenário…
Não me vou alongar mais em devaneios inúteis... Só iria limitar este trabalho e não o quero fazer de forma alguma. Ide e ouvi este “Marrow Of The Spirit” e tirai as vossas próprias conclusões.

"Marrow Of The Spirit" track list:

1. They Escaped the Weight of Darkness (03:41)
2. Into the Painted Grey (12:25)
3. The Watcher's Monolith (11:46)
4. Black Lake Nidstång (17:34)
5. Ghosts of the Midwinter Fires (09:40)
6. To Drown (10:27)

Podem ouvir o álbum completo neste link:
 

Post-Scriptum:
O álbum mais agressivo e obscuro da banda. Aclamado já por muitos como o mais maduro e (talvez) o mais genial da banda.
Poderia ter tentado, acima, descrever o álbum faixa a faixa, mas confesso que não consegui e também quero que seja cada um a ter esse prazer. Assim sendo adianto apenas que o álbum está como que dividido em dois pela 3ª faixa - "Black Lake Nidstång", a música mais longa do álbum, contendo tanto de violência como de pacificidade, perfeita a fazer a união das duas partes do álbum. A primeira parte mais Black do CD, tirando a They Escaped the Weight of Darkness (que actua como uma espécie de intro Minimal, com um violino sob ambiente bucólico e um sentimento fantástico) é composta pela “Into The Painted Grey”, que começa com o riff de bateria mais agressivo de sempre da banda e pela “The Watcher’s Monolith”, igualmente brutal. A segunda parte mais Atmospheric contém as faixas Ghosts of the Midwinter Fires  traz-nos o último laivo de agressividade desta obra e To Drown, faixa que finaliza o álbum de forma arrepiante, com uma guitarra agudíssima, intercalada por um cello, um violino e os sussurros de Haughm... OIÇAM!!!

2 comentários:

v i c t o r h u g o disse...

Primeiro ouvi-o no carro, e não resultou.
Depois fui para o Porto numa tarde cinzenta, e percebi o feeling deste trabalho.
Depois, deixei-o discorrer pela aparelhagem e senti.

Provavelmente irei experimentar outras paisagens.
Gerês!

Anónimo disse...

:) hehe ora!
eu não vou comentar mais, até porque ja falamos... mas é soberbo :D